quarta-feira, 26 de maio de 2010

Turismo de Luxor

Luxor como muitas de outras cidades do Egipto é uma cidade muito escolhida como ponto de turismo. Para além das suas diferenças por exemplo na gastronomia e na religião, e até na história, esta também tem alguns pontos turísticos muito visitados. Cada um desses pontos teve e tem a sua história, teve a sua razão, de ser construído. Esses pontos turísticos existem porque Luxor como todas as cidades do Mundo tem historia.
Luxor é composto por três ares separadas: a própria cidade, a povoação de Karnak, alguns quilómetros a nordeste, e o monumentos e a necrópole da antiga Tebas, na margem ocidental do Nilo.

Principais Pontos Turísticos
• Templo de Karnak
Localizado na margem leste do rio Nilo, é um dos maiores templos do antigo Egipto, tendo demorado mais de dois anos a construir. O seu nome deriva de uma aldeia vizinha chamada El-Karnak, mas conhecida como Ipet-sut (“o melhor de todos os lugares”) no tempo dos grandes faraós. Este servia para prestar culto aos deuses de Tebas, entre os quais de destacavam: Amon, Mut e Khonshu.

É como se fosse uma mistura de vários templos num só, sendo o seu grande destaque a Grande Sala Hipostila, cujo tecto era suportados por 134 colunas, ainda existentes, e consideradas como sendo as maiores do mundo.
Actualmente é um dos locais mais procurados pelos turistas, não só por templo em si e a sua história, mas como também mediante o espectáculo de luz e som ao admirar o templo à noite.

• Templo de Luxor
Situado na margem do Nilo, conectava com o templo de Karnak pela parte oriental. Rodeado pela cidade, é uma obra-prima da arquitectura, com os seus pátios e santuários dedicados aos deuses tebanos.
Foi construído em duas fases por dois faraós diferentes (Ramsés e Tutankhamon), é também conhecido porque tinha na entrada dois obeliscos gémeos dos quais só mantém um: o outro está na Praça da Concórdia em Paris, já que foi oferecido pelo Egipto à França.

O edifício ergue-se sobre um santuário anterior, construído por Hatshepsut e dedicado à tríade tebana. Uma vez por ano as imagens de Ámon (Deus mais importante de Tebas) e da sua respectiva família eram elavadas através do Nilo, de Karnak para Luxor, para a festa do Opet, durante a qual faraó se encontrava com Ámon para renovar os seus poderes divinos e recuperar as suas energias todas.
Se percorremos uma parte da antiga avenida das Esfinges que levava até aos templos de Karnak, encontramo-nos em frente ao primeiro pilone, decorado com alguns feitos militares (batalhas). Diante deste muro de 24 m de altura erguem-se algumas estátuas enormes do faraó e um obelisco de granito rosa. Passado isto podemos aceder ao pátio de Ramsés II. A sala hipóstila é a primeira divisão do templo a apresenta quatro fileiras de oito colunas. A seguir encontram-se as salas principais de Ámon.

Como complemento destes dois monumentos, Templo de Luxor e Templo de Karnak, existem dois excelentes museus: o Museu de Luxor, que contém uma fascinante colecção de objectos descobertos nesta zona, e o Museu da Mumificação, onde estão expostas múmias humanas e animais, explicando como os egípcios aperfeiçoavam o processo de embalsamamento e mumificação.


• Vale dos Reis
No Vale dos Reis, reina a morte. É situado na cidade de Luxor e, é onde os antigos faraós do Egipto construíram os seus túmulos. As tumbas reais são normalmente decoradas com cenas da mitologia egípcia que testemunham as crenças e os rituais funerários dos períodos de sua construção
A grande maioria destes túmulos foi destruída por saqueadores, mas um túmulo em especial, de Tutancâmon, permaneceu intocado, mostrando a grande riqueza dos tempos dos faraós. Os tesouros encontrados podem ser vistos no Museu do Cairo.
Este local foi escolhido por razões simbólicas e práticas, desconhecendo-se essas tais razões
Pensa-se que o primeiro faraó a ser ali enterrado tenha sido Tutmósis I (1504-1492 a. C.).
Este vale contém cerca de 60 túmulos, embora nem todos estejam abertos ao público, devido ao restauro dos mesmos.





• Vale das Rainhas
No vale das Rainhas reina igualmente a morte. Este é situado próximo do vale dos Reis e as tradições de decoração e construção dos mesmos são as mesmas, diferindo apenas na parte dos faraós sepultados, passando para as Rainhas. Este contém cerca de 75 túmulos.


A forma de construção mantém sempre os mesmos costumes, tanto para os Faraós como para as Rainhas. Um túmulo típico tinha quatro passadiços onde degraus e rampas eram alternados; cada um destes passadiços simbolizava uma etapa para a viagem para o outro mundo. Estes degraus e rampas conduziam a uma câmara que se denominava por “câmara de espera”, que dava para uma sala hipóstila. Seguida de outro passadiço e chegamos finalmente a câmara funerária.
Os túmulos eram escritos e decorados com frases do Livro dos Mortos e cenas coloridas que eles acreditavam que os ajudariam na sua viagem para o outro mundo.

• Colosso de Mémnon
Colosso significa gigante. E dois gigantes são logo o que vemos assim que chegamos à margem ocidental de Luxor.
Estas foram construídas a 18 m sobre a planície. Estas estátuas sem rosto sentadas nos seus respectivos tronos foram o que restou do templo funerário construído por Amenófis III. Os egípcios acreditavam que eram realmente estátuas do lendário Mémnon, deus da Etiópia.

• Museu da Mumificação
Este museu tem exposto múmias antigas e animais. Explica também como é que os Egípcios conservavam os cadáveres e faziam a mumificação dos mesmos e de animais.
Estão também expostos os materiais que eram utilizados no processo da mumificação e ainda objectos que quando os Egípcios eram enterrados acreditavam que os ajudariam na viagem até ao outro Mundo.
Os egípcios acreditavam que existia outra vida depois da morte, isto é, acreditavam na imortalidade da alma. A pós a morte, a alma iria comparecer num tribunal (de Osíris), onde seria julgada. Se a sua vida terrena o merecesse, receberia como recompensa a vida eterna.
Era necessário que o corpo estivesse me perfeito estado, para a alma o poder voltar a habitar. Por isso, os corpos depois de mortos eram mumificados. A múmia era metida dentro do sarcófago e colocada no túmulo, juntamente com alimentos, utensílios, etc. Nas paredes do túmulo eram representadas cenas da vida terrena ou da vida eterna, através de pinturas ou de baixos-relevos.


Como era feita a mumificação?
• Os mumificadores começavam por extrair o cérebro (através das narinas) e as vísceras (pulmões, intestinos, fígado, etc.), que eram limpas e metidas em vasos especiais, também colocados no túmulo; apenas o coração (considerado o órgão mais nobre) era recolocado no seu lugar, dentro do corpo;
• Em seguida, mergulhavam o cadáver numa espécie de salmoura, feita com um produto desidratante natural, o natrão.
• Após a secagem, fazia-se o enchimento das cavidades do corpo com resinas perfumadas e outras substâncias, como mirra e canela;
• O cadáver era ainda esfregado com óleos aromáticos e, finalmente, enfaixado com panos de linho e colocado dentro do sarcófago.

Museu de Luxor
Este museu conta com uma pequena colecção de relíquias do Antigo Império até à era dos mamelucos.
A maior parte do museu remonta aos templos e necrópoles romanas.
Estão também em exposição as múmias reais dos faraós Amósis I e Ramsés I.

• Túmulo dos nobres
Estes túmulos são da melhor atracção de Luxor. Estes foram escavados nos sopés das montanhas, e contém cerca de 400 túmulos.

• Passeio em Calesa
É um passei normal, feito para conhecer as ruas e observar como vivem as pessoas num país diferente do nosso. Em Luxor podemos observar a amabilidade e a simpatia das pessoas, que cumprimentam, mesmo sem conhecer e a inocência das crianças a brincar na rua.

• Oficina de Alabastro
Nestas oficinas, trabalham de forma artesanal três tipos de alabastro: o branco, o castanho e o verde.

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