quarta-feira, 26 de maio de 2010

Religião

A maior parte dos islâmicos encontram-se nos países árabes do Médio Oriente e do norte de África. A religião muçulmana é monoteísta, isto é, tem apenas um Deus: Alá.
Maomé, o fundador do Islão (palavra que significa “submissão a Deus”) nasceu em Meca, por volta do ano 570 d.C.
Em anos anteriores predominava o politeísmo na cidade, mas Maomé devido ao contacto com judeus e cristãos, criou a ideia do monoteísmo e surge como fiel transmissor da mensagem de um Deus único.
Esta ideia monoteísta não foi bem aceite pela população e Maomé sofreu grandes perseguições. Estas perseguições fizeram Maomé abandonar a cidade de Meca em 622 d.C. e esta fuga marca o início da era muçulmana (Hégira).
Em 630 d.C., Maomé voltou a Meca perseguindo e matando todos os apoiantes do politeísmo. A partir daí o Islamismo começou a propagar-se por toda a parte, baseando-se no Alcorão, livro sagrado que contém as revelações feitas a Maomé, e tem uma doutrina que consiste em acreditar em Deus, nos seus anjos, nos profetas e na ressurreição.
As formas de culto reduzem-se às “cinco colunas do islamismo”:
1. Profissão de fé: é o primeiro acto a executar na vida religiosa de um muçulmano (Só háum Deus e Maomé é o seu profeta);
2. Oração diária: os muçulmanos rezam cinco vezes ao dia em horas bem estabelecidas; esta oração é composta por palavras e movimentos bem determinados; nesses momentos os muçulmanos louvam a Deus;
3. Peregrinação a Meca: todo o muçulmano deve fazê-lo ao menos uma vez na vida, mas quem não tiver bens materiais para a realizar estará dispensado;
4. Jejum de Ramadão: consiste na abstenção de comida, bebida, tabaco e relações sexuais, desde o nascer ao pôr-do-sol durante todo o mês do Ramadão; os muçulmanos acreditam que se cumprirem esta lei, Deus perdoará todos os seus pecados;
5. Contribuição para os pobres: todos os muçulmanos têm que ajudar os pobres partilhando uma parte dos seus lucros.
A comunidade islâmica reúne-se na Mesquita, especialmente à sexta-feira, considerado o dia sagrado para prestar culto a Deus.
Podemos resumir esta religião islâmica nesta seguinte frase: “ O meu Senhor ordenou-me nove coisas: a sinceridade em privado como em público, a moderação na riqueza como na pobreza, a justiça de cólera como na satisfação, que eu perdoe a quem me oprime, que me reconcilie com quem rompe comigo, que eu dê a quem me prive, que o meu silêncio seja meditação, que o meu discurso seja edificação, e que o meu olhar seja consideração para tirar lição dos acontecimentos e coisas que caem sobre os meus sentidos”.
Todos os muçulmanos veneram o Alcorão e cumprem as cinco obrigações; mas desde a morte de Maomé encontram-se divididos entre sunitas e xiitas.
Por volta do século VII d.C., os Islâmicos conquistaram um vasto território que se estendeu pelas regiões da Ásia, do Norte de África e da Península Ibérica. Estas investidas militares também são conhecidas por Jhad.
Com o crescimento da comunidade islâmica, apareceram novos grupos políticos, como os sunitas e os xiitas.
Os sunitas seguem a Suna – livro que conta a trajectória do profeta Maomé – quando algumas questões não são bem esclarecidas pelo Alcorão. Estes apenas reconhecem a ascensão de líderes religiosos que sejam escolhidos pela população islâmica. Os sunitas representam cerca de 80-90% da população islâmica espalhada pelo Mundo.
Os xiitas veneram Ali e os descendentes do profeta através da sua filha Fátima. Estes apenas seguem o Alcorão e não reconhecem pareceres e modelos de qualquer outro livro. Estes crêem apenas nos membros directos da família do profeta Maomé, pois acreditam que apenas os descendentes de Maomé teriam a capacidade de conduzir todos os fiéis.

Sem comentários:

Enviar um comentário